sábado, 13 de junho de 2009

FILHO DA P(A)UTA

O principal pauteiro de nosso Paredão, como vocês sabem, é o nosso office-boy, que trabalha conosco em turnos alternados com a função de motoboy em um delivery de pizzaria e go-go boy nas madrugadas. Pois bem, com seu faro aguçado para notícia (e para pizza de peperoni estragada), ele abriu hoje os Classificados do jornal A Tarde em busca de algum assunto interessante. Deparou-se com "Carlinha, discreta, provocante, carinhosa, 10 reais". Percebeu ali um interessante para uma reportagem de jornalismo participativo. Pensou em ligar, mas desistiu rapidamente. Também pudera. Por 10 reais, até pelo telefone ela conseguiria transmitir doença venérea.

INADIÁVEL SOFISMA

Assustar-se com o etéreo pode ser tão edificante quanto domar um sortilégio polêmico daquele raquítico garoto em situação de rua e jejum fora do normal, particularmente a dois. Esta frase, certamente, é mais uma asneira escrita de forma ininteligível e com significativos erros linguísticos. Não serve pra nada. Mas é bem capaz de você ler coisa muito pior em muito jornal baiano por aí.

TUDO É PASSAGEIRO, MENOS O COBRADOR

ELE VOLTOU, anunciou o estagiário da produção.
ESSE CARA PARECE ESTAR COM SANGUE NOS OLHOS, temeu o chefe de reportagem hipocondríaco.
EU AVISEI, PORRA, PRA VOCÊS FICAREM ATENTOS QUE ELE IRIA VOLTAR, vociferou o inseguro repórter de esportes.
ESSE CARA DEVE ESTAR SEM BALA NA AGULHA, arriscou o editor-chefe, no único momento em que conseguiu parar de pensar no teco de qualidade que vai dar hoje à noite.
UM FILHA DA PUTA DESSES TINHA ERA QUE MORRER, prometeu o fotógrafo de polícia.
ELE TEM UM JEITO DE BOFE, disse, afetadíssimo, o colunista de moda e sociedade.
UM CARA DESSES TEM QUE SER BANIDO DE NOSSO CONVÍVIO. ESPEREM SÓ EU DESCOBRIR QUEM É, desafiou o diretor de redação.

E isso tudo foi
antes do post do retorno ser escrito. Sejam bem vindos vocês, alvos eternos do Paredão da Imprensa. A carnificina vai ser retomada.

DA SÉRIE: tijoladas passadas movem moinhos

Esta foi retirada do fundo do baú, nos estertores de julho de 2003. Pode até ser que o personagem deste post não tenha sobrevivido a lisérgicas noites de criação literária aditivadas por energéticos líquidos, sólidos e gasosos.

DRT - Distúrbio da Razão Terminal
Na rotina semestral de checar e-mails, este cobradorzinho que vos escreve encontra a seguinte missiva digital de um leitor eufórico.

Grande cobrador,
Existe um site chamdo Sedivirta.com.br que se propõe a cobrir festas e ter alguns "colunistas" de salvador. Leia a coluna de um tal de Ildázio Júnior... Leia na Íntegra!!! Isso saiu no http://ssa.sedivirta.com.br/ mas pelo que pude constatar, a coluna desta semana já saiu do ar!

Brothers & Sisters,
Shalom, pax, paz, peace e mucho amor a todos!! Antes de mais nada e sempre, agradecimentos à todos os que nos prestigiaram no TAPIOCA e na KORUNN nesta semana de festas bala que rolou a milhão com todos os ingredientes na medida certa e o caldeirão ferveu!! Se liguem nos banners abaixo com as devidas informações dos nossos eventos para esta semana! Diversão e astral é com agente mesmo!!
Bom, vamos escrever né!
Meu tema escolhido para esta semana é uma das quatro classificações para o homem moderno feita por uma galera do bem, reunida lá no irado Tempero da Dádá(que junto do Lôro Patamares são as melhores opções para um papo
descolado com umas cervas nas tardes de sexta e sábado), o famoso:
ESPADA PREGUIÇOSA
Facilmente reconhecido em todas as turmas e galeras, o Espada Preguiçosa se insere em uma das classificações que mede a disposição masculina to catch, act & finalize a mulherada! Resumindo, se o cara manda bem e monta na
lambreta tá ligado fischer!?!?! Senão vejamos os tipos diversos da rapêize:
- O pega ninga
- O normal
- O preparado
- O Doente
E o famosííííssssssssiiiimmmo ESPADA PREGUIÇOSA!! O Espada preguiçosa é aquele famoso cara que mulher e sexo, definitivamente não são uma das suas prioridades, manja? Não! Não caros leitores, ele não é boiola, não cede a cauda sem resistência, nem muito menos curte ouvir o ABBA e o Village People cantando e coreografando YMCA. Poderia dizer que para ele ganhar dinheiro é mais fácil do que ganhar mulher, tá ligado!? Geralmente capazes e expoentes em suas atividades, o binga adormecida tem até uma namorada toda nos trinques porém "bater na boca da sapa" (como diria tão sutilmente Tonhão, o borracheiro aqui do principado de Itapoan) não é a dele!
Citemos um grande expoente dos espachins, o grande piloto, já falecido Ayrton Senna! Veja bem fraco, o negócio do cara era correr na F1, ser o
melhor das pistas, bater recorde em pole position e acabou! Agora debulhar a mulherada... aoooonnnndee?!?!?! Tá, tá, vocês até podem alegar a tal da Luma e a Galisteu, mas para um cara com a fama e a notoriedade dele essas duas
não passam de duas gatas tupiniquins!! Agora se ligue em Piquet! Pôrra, o cara têm uma lancha de 100 pés chamada GOSTOSA, casou 05 vezes(três gringas e duas brazucas), a mulher dele atual(um boeing por sinal!) é mais nova que
ele uns 10 a 15 anos, tá aí vivinho da silva e tri-campeão mundial cheio das folhas no bolso! Outra definição em caráter figurado que se encaixa muito bem é a comparação entre as personalidades do golfinho e o tubarão! O cara não é veado e sim golfinho, se ligou! Inclusive o dorminhoco em questão, se colocar camisinha para uma transa, o bingolim pensa que é touca e dorme, só acorda 12 horas depois e amarradão para jogar um Squash com a turma! Aí você
pergunta: -E a gata do cara como fica nessa? Olhe fraco, a gata geralmente costuma compensar com o outro lado extremamente atrativo do bilau sonolento: o seu bolso! O cara não curte dar um showzinho com a mina nas quatro
paredes, mais não é bobo não fischer! Tem o real, a lancha, a moto, a casa de praia, e a mulherada pensa duas vezes em trocar um cara, digamos assim, excêntrico e com o bambá por um na classificação doente e quebradinho né
fraco! Pois é, olhem bem para o lado de vocês que reconhecerão este bem necessário as turmas, pois antes de mais nada eles são companheiros, pagam as contas das minas, são compreensivos com elas e nois faz o resto!!
Inté e muita festa na cabeça!!
Ilds


Pois é, esse texto brilhante e inteligente merece ser estraçalhado no paredão da imprensa! O cara tem DRT e os diabo!!
abraços
O Devedor


Pois é. Depois de anos e carreira e dedicação, somos obrigados a descer ao patamar do lixo mental. Ainda somos convocados a "estraçalhar" os frangalhos intelectuais de seres que são de inteira responsabilidade de clínicas de desintoxicação. Isto é muita covardia. Portanto, se alguém quiser sacanear que mande os comentários aí nas tijoladas.

DA SÉRIE: tijoladas passadas movem moinhos

Publicado em 20 de março de 2003:

MPB - Música da Patuléia Baiana
O programa de amenidades da TV Bahia avisou hoje que toda quinta-feira será apresentado um quadro com os "novos e talentosos compositores da música baiana". O autor inaugural foi um camaradinha chamado Tenisson Del Rey, apontado como o mais laureado do carnaval baiano.
Falaê Del Rey:
"Olha, para fazer um bom trabalho o cara tem que ter uma história de bom gosto"

São dele os seguintes marcos da moderna literatura baiana:
"Cabelo raspadinho, estilo Ronaldinho
Cabelo pintado ou "VO"
Cabelo embaraçado, encaracolado
Rastafari e rock'n roll"
ou então
"Eu quero entrar
Qual é a senha?
Venha
Venha"

DA SÉRIE: tijoladas passadas movem moinhos

Em tempos de guerra, a cobertura do nosso Paredão rivalizou com a CNN e a BBC, já que na época não existia Fox News ou Jornal da Metrópole ("a maior tiragem da Bahia, juntando os outros dois jornais e meio"). Este Cobrador que vos fala admite que noites em claro acompanhando as notícias do front e castigando o fígado com Velho Barreiro não foram em vão. A cobertura da guerra no Iraque mereceu o prêmio Espírito de Corpo da Organização Internacional Pró-Libertação do Jabazeiro Desconhecido. Para que os novos leitores tenham idéia de como se desenvolvia a cobertura vale a pena resgatar da linotipia os trechos de uma reportagem especial que comoveu parentes dos soldados. Direto de março de 2003 para os hodiernos tempos:

OPINIÃO ABALIZADA
A programação normal das grandes empresas de comunicação do mundo está entrecortada pela cobertura da guerra. O Paredão, como maior expoente do segmento estúpido-canalha da mídia, lado a lado com o programa Linha Direta, não poderia ficar de fora do convescote belicoso que se transformou o fornecimento de informação nos últimos dias. Mas para amenizar um pouco o choque e a crueldade de divulgar as novas do front, o Paredão optou por um noticiário mais light (a denominação um pouco mais pomposa para abobrinha impressa em papel-jornal). Leiam trechos das opiniões da classe artística sobre o conflito:
Marisa Orth (Magda de nascimento e animal racional nas horas vagas) - "Guerra é um atalho, não é uma saída. E todo atalho tem um lobo mau."
Fernanda Torres (uma pessoa quase normal quando não está anormal) - "A guerra é tão estupefata que eu sou uma pulga para achar qualquer coisa..."
Symony (criminologista e entusiasta do sistema penitenciário como instrumento de extração de sêmen) - "Guerra é guerra, né? O nome já diz tudo!"
Helen Ganzarolli (apenas uma mulher torcendo para não ter um cliente americano) - "Eu nunca fui aos Estados Unidos, mas, se tivesse que viajar hoje para lá, ficaria com medo".
Manuela (a Dona Flor do Big Brother Brasil) - "O capitalismo é o grande mal de nossos tempos e os americanos acham que isso é a vida. Ele veio para acabar com todos os bens que as religiòes pregam."

Fonte: Bíblia do Moderno Pensamento Filosófico do Show-Biz (mais conhecida como o site Babado)

DA SÉRIE: tijoladas passadas movem moinhos

O Paredão da Imprensa sempre foi um órgão (ui!) democrático - até que sejam aviltados os interesses estético-gastronômicos do patrão. Uma prova disso (talvez a única em toda a história) é o direito de resposta concedido, no longínquo março de 2003, a um leitora, se não for exigir demais em termos de alfabetização da presidente do fã clube de Ana Paula Padrão.

DIREITO DE RESPOSTA

Rolou uma certa celeuma (ô palavrinha bicha da porra) nas tijoladas utilizadas pelos leitores em algum dos posts aí de baixo. Nossa amável Tati (http://meujornal.weblogger.com.br/) fez algumas observações pertinente à nossa conduta, que nos deixaram moralmente abalados. Depois de refeitos do choque psicológico, conseguimos redigir, em forma de memorando, uma resposta. Como ela ficou muito grande para um comentário, resolvemos postar aqui. Espero que ela não fique revoltada e nos esconjure:

Mar 23 2003, 12:22 am
Cobrador,
Acho que vc deveria verificar a veracidade daquilo que publica. A Ana Paula,como toda pessoa pública, passa por essas fofocas ridículas. Vc vai querer falar que Brasília inteira fala que ela teve um caso com o FHC...alguns dizem que eles até tiveram um filho. Me pergunto como as pessoas pensaram nisso...Como pode uma mulher ter um filho sem ter ficado grávida e barriguda? Acho um pouco inviável,não?
Enfim...todas as fofocas que rondam o nome da Ana Paula são infundadas...basta aprofundar um pouco mais as pesquisas para chegarmos a esta óbvia conclusão.
Concordo que tem gente que não gosta de seu trabalho mas...denegrir a sua imagem é totalmente incorreto e infantil...
Espero que pense nisso.
Um abraço,
Tatiana

Mais uma coisa...
É mto fácil justificar o sucesso de uma pessoa tendo o sexo como justificativa. Dizer que a Ana Paula é o que é por causa de amantes é ridículo!
Por que ninguém fala da Patrícia Poeta? Essa sim aplicou o golpe do baú: casou com o diretor GERAL de jornalismo,na época e, de moça do tempo, virou âncora e correspondente internacional...
Tsc,tsc,tsc...com tantos casos verídicos vcs se importam com futriquinhas da oposição invejosa???

Memorando do Paredão da Imprensa
Tati,
Sinceramente, O Cobrador aqui não quer comprar briga contigo. Hoje em dia, como bem sabem as operadoras de cartão de crédito e as agências de scort...ops...ééé... modelos, a concorrência é muito grande e fica difícil fidelizar clientes. Por isso, não estamos a fim de nos indispor com nossos três ou quatro leitores.
Portanto, vou escrever as coisas com muita cautela para não te chocar, já que me parece que você é uma garota muito legal e amável, apenas pecando um pouco por ingenuidade. Sim, você me parece um garotinha cândida e ingênua, principalmente ao deixar mensagens tão (como eu poderia dizer?) "Polianas" como as que li no seu belo blog: “Minha vida, meus sonhos e a grande luta para me tornar uma famosa jornalista..."
Tudo bem, isso não vem ao caso. Acho até bonito seu amor e devoção por Aninha Paula. Penso até que é lícito dizer que você considera a carreira dela vitoriosa, digna e exemplar. Além do mais, como você daria crédito a um bando de energúmenos desocupados que passam o dia esculhambando os outros? Como poderia levar a sério as acusações infundadas de um canalha a uma senhora casada e profissional bem-sucedida?
Então, vamos lá. Se eu não me engano, você recomenda que a gente procure aprofundar a veracidade do que publica. E, tal qual um manual de bom jornalismo, ainda admoesta nossas “fofocas ridículas”. O que você chama de aprofundar a veracidade? Uma foto em câmera digital serve? Pois a gente não tem. Mas se depoimentos, dezenas deles, funcionarem, isso a gente tem. Convido você a uma visita à laboriosa Assembléia Legislativa da Bahia, ou então a um encontro com quatro ou cinco políticos baianos que transitem muito por Brasília. Não precisa selecionar, basta apontar para meia dúzia deles e chamar para um papo. Eles vão contar, com riqueza chocante de detalhes, todas as posiç... ou melhor, pautas que Aninha Paula consegue cumprir em uma tarde desde a época em que era repórter. Tinha até um político daqui bem íntimo, mas esta já é uma outra história.
Você falou que as críticas são por um tal caso com FHC e que ela virou alvo de boatos por causa de um suposto filho. Garota, se você quer mesmo ser uma “jornalista famosa”, como li em seu blog, é melhor começar a ler a revista Caros Amigos. Esta foi a única publicação com coragem de estampar, há uns cinco anos, todo o caso amoroso do antigo presidente com uma jornalista da Globo, que precisou ser transferida para Portugal. O menino hoje deve ter uns 10 anos. Não, não era Ana Paula Padrão. Entretanto, seu ato-falho me parece significar alguma coisa. Você, por acaso, tentou dizer o real motivo de algumas informações privilegiadas do Planalto terem caído nas mãos dela? Danadinha, você, hein, Tati. Tá aprendendo muito com informação subliminar.
Ah, Patrícia Poeta? A gente não chuta cachorro morto, querida. Essa assumiu o papel de mucama e acabou com qualquer chance de ser sacaneada. Quando o mangangão lá tiver “chupado até o caroço” vai largar a dita-cuja ao deus-dará. E aí ela vai ter que procurar consolo com o velho Luís Fernando Veríssimo, se ainda existir Viagra que o faça sair da paixão meramente platônica.
E não nos leve a mal, Tati. Reitero que você é muito gente boa. Só tem um pouco de mau gosto na hora de escolher o Paredão para ler. Não combina com o alto nível de suas preferências.
Um abraço do
O Cobrador

DA SÉRIE: tijoladas passadas movem moinhos

Publicada em 23 de março de 2003, um domingo

UMA MULHER DE TALENTO

A ex-dançarina do Domingão do Faustão, ex-quenga na novela Porto dos Milagres, ex-candidata do quadro Essa é Prá Casar, do Caldeirão do Huck, ex-garota do tempo do jornal O Dia, ex-estudante de jornalismo e atual nova celebridade do Ocidente, Sabrina Sato, participou do Fantástico como Repórter por um dia. Depois de mostrar seu talento que precisa de creme anti-celulite toda noite, no programa Big Brother Brasil, ela realizou seu sonho de gravar um off para a Globo. A estréia da mestiça de língua presa (presa? isso não diminui a versatilidade profissional da jovem?) como repórter foi no jogo Corinthians x São Paulo, final do Campeonato Paulista. Não há muito o que dizer. Apenas registrar um flash. Diante de algum jogador do time mais nojento do Brasil, ela consulta: "Posso parar um pouquinho para pensar na pergunta que vou fazer?" Alguns instantes depois, ela emenda o questionamento, que deve ter custado alguns preciosos e derradeiros neurônios da inóspita cabeça da japa: "E aí, qual a sua expectativa para o jogo?"
Desce o pano. Aplausos.

DA SÉRIE: tijoladas passadas movem moinhos

Até que os nobres patrocinadores resolvam bancar o inconsequente retorno deste irresponsável veículo de esculhambação da imprensa, vamos nos fazer retomando pedradas atiradas há tempos. Esta aí mesmo foi publicada em um sábado, 8 de fevereiro de 2003.

UM APLAUSO PARA A CHACINA

O principal fato da imprensa baiana nesta semana que termina hoje aconteceu dentro de uma redação. Não teve a divulgação de uma grande manchete e nem a repercussão semelhante a eventos basilares da cultura baiana, como por exemplo, o nascimento de Camily Victoria. Refiro-me à demissão da primeira meia dúzia de picaretas, ladrões e (nesse caso, mais do que nunca) ex-croques do jornal A Tarde. O diretor de redação Ricardo Noblat, o Pato Purific das laudas, resolveu antecipar a faxina ética que estava programada para depois do Carnaval. O clima é tenso no covil do JOCA (Jornalistas Organizados, Criminalidade Atuante), a entidade etérica, a máfia subliminar que tinha a certeza da impunidade até pouco tempo. Noblat, o Wyatt Earp do lead, já avisou que tem total controle corporativo e poder de polícia para não apenas demitir como também mandar prender. No Salloon da Tancredo Neves, os cartazes de Procura-se já estão sendo colados, em nome da integridade e sobrevivência das conta-correntes dos Simões, que vinham sendo impiedosamente tungadas perante a fome insaciável dos traficantes de sinecuras. A forma humilhante como as exonerações estão sendo feitas rivaliza com o descaso em uma fila para atendimento em hospitais públicos. Noblat, o Huno das pautas, de forma impiedosa, considera que não basta apenas desligar o canalha. É preciso acabar com reputações, jogar na boca-de-lobo da dignidade a fleuma característica dos sorrateiros agatunados, que tentam disfarçar as mãos lambuzadas da corrupção com luvas de veludo.
Por tudo isso, o Paredão julga por bem parabenizar Noblat, o Slobodan Milosevic dos jabaculês, por esta carnificina moral.