sábado, 13 de junho de 2009

DA SÉRIE: tijoladas passadas movem moinhos

Até que os nobres patrocinadores resolvam bancar o inconsequente retorno deste irresponsável veículo de esculhambação da imprensa, vamos nos fazer retomando pedradas atiradas há tempos. Esta aí mesmo foi publicada em um sábado, 8 de fevereiro de 2003.

UM APLAUSO PARA A CHACINA

O principal fato da imprensa baiana nesta semana que termina hoje aconteceu dentro de uma redação. Não teve a divulgação de uma grande manchete e nem a repercussão semelhante a eventos basilares da cultura baiana, como por exemplo, o nascimento de Camily Victoria. Refiro-me à demissão da primeira meia dúzia de picaretas, ladrões e (nesse caso, mais do que nunca) ex-croques do jornal A Tarde. O diretor de redação Ricardo Noblat, o Pato Purific das laudas, resolveu antecipar a faxina ética que estava programada para depois do Carnaval. O clima é tenso no covil do JOCA (Jornalistas Organizados, Criminalidade Atuante), a entidade etérica, a máfia subliminar que tinha a certeza da impunidade até pouco tempo. Noblat, o Wyatt Earp do lead, já avisou que tem total controle corporativo e poder de polícia para não apenas demitir como também mandar prender. No Salloon da Tancredo Neves, os cartazes de Procura-se já estão sendo colados, em nome da integridade e sobrevivência das conta-correntes dos Simões, que vinham sendo impiedosamente tungadas perante a fome insaciável dos traficantes de sinecuras. A forma humilhante como as exonerações estão sendo feitas rivaliza com o descaso em uma fila para atendimento em hospitais públicos. Noblat, o Huno das pautas, de forma impiedosa, considera que não basta apenas desligar o canalha. É preciso acabar com reputações, jogar na boca-de-lobo da dignidade a fleuma característica dos sorrateiros agatunados, que tentam disfarçar as mãos lambuzadas da corrupção com luvas de veludo.
Por tudo isso, o Paredão julga por bem parabenizar Noblat, o Slobodan Milosevic dos jabaculês, por esta carnificina moral.

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