segunda-feira, 29 de junho de 2009

Entrevista com JACKO

Depois de ceder, em troca de o equivalente a muito torresmo, o maior furo da imprensa mundial da década (vide post), este Paredão tentou se redimir com os leitores. Em busca da verdade e de uma experiência transcendental, O Cobrador em pessoa e espírito buscou o que vem a ser uma reportagem bombástica, capaz de abalar os leitores e pelo menos umas seis encarnações seguintes. Fui até uma mãe-de-santo no místico bairro da Lapinha, que faz um trabalho social e não cobra pela consulta, e ela incorporou o neo-defunto. Não precisei pagar nada, apenas levar um litro de aguardente para facilitar o trabalho e assinar a rifa de uma brasília 77, que custou R$4 mil o bilhete. Uma senhora espiritualista que nem se preocupou em ser paga pelo serviço. Como eu sei que era mesmo Michael Jackson? Quando ele me viu com a cara chupada de octogenário e um perfume de lavanda pós-barba que nada tem a ver com colônia de bebê, não deu nem um sorrisinho e quis falar só sobre trabalho, sem querer nem contar uma historinha de neverland.
Eis, então, a íntegra da entrevista:

O Cobrador – Michael Jackson, como o senhor está lidando com os boatos de que está vivo?
Michael Jackson – Pelo rápido papo que eu tive na chegada com o Elvis deu pra perceber que as celebridades daqui do além geralmente são tratadas com esse tipo de falta de respeito. Os paparazzi da tumba ficam inventando histórias sobre a gente, ficam procurando assunto, como se fossem urubus em cima de carniça. Ops, foi mal, desculpe o trocadilho mal colocado. De qualquer forma, acho uma afronta a nossa privacidade de alma. Nem mortos conseguimos descansar em paz.

OC – Como foi a receptividade na chegada aos céus?
MJ
– Pra falar a verdade, melhor do que o esperado. Soube que muita gente fez piada por aí com minha ansiedade sobre o Menino Jesus. Mas ninguém sabe que eu estou travando bons diálogos com um brasileiro, o Fernando Ramos da Silva. Ele morreu bem novinho, menos de 20 anos, e ficou conhecido como Pixote aí no país de vocês. Segundo ele, é uma referência elogiosa que recebeu pelo seu trabalho artístico e como exemplo da juventude brasileira. Estamos nos conhecendo melhor.

OC - O senhor sequer foi enterrado ainda e já está aqui conversando comigo. Dizem que seu caixão parece um sarcófago de faraó e vai custar o equivalente a 50 mil reais. Até o velório vai ser um megashow com ingresso de 30 reais. O que o senhor fala a esse respeito?
MJ - Não queria ter essa vida de novo, nem morta.

OC - Muito se comenta o fato do senhor não ter deixado nenhum centavo de dólar para o seu pai. O senhor não acha que foi muito cruel?
MJ - Não que tivesse acontecido comigo, mas se o senhor fosse espancado, humilhado, xingado e escarrado, tomasse um cachação toda vez que desafinasse ou escorregasse em um passo e ainda visse suas irmãs sendo abusadas sexualmente em todas as posições imagináveis, com o ânus currado, lascado e sangrando todos os dias, o senhor teria que tipo de reação?

OC - Sei lá, talvez contratasse um pessoal barra-pesada para torturar um miserável desses até um morte lenta, sofrida...
MJ - Então, o senhor ainda acha que deixar de dar uma grana foi realmente um castigo?

OC- Para finalizar, o senhor já sabe o que anda pra trás, muda de cor...
MJ
– Fuck you, son of the bitch.
Madame Zorilda de Oxum, no exato momento em que Jacko foi embora sem dizer tchau

domingo, 28 de junho de 2009

Da fusão entre o negro, o branco, o índio, uma alcachofra gigante transgênica e uma overdose de
ilariê nasceu isso aí: